9 de outubro de 2011

Saiu o primeiro manual universitário de etnobiologia!

Acaba de ser colocado no mercado internacional o primeiro manual sobre etnobiologia destinado aos estudantes do ensino superior. A obra apresenta o ‘estado de arte’ desta área científica que estuda o resultado da interacção entre as sociedades humanas tradicionais e os seus recursos biológicos.

O livro é composto por 22 capítulos que dissertam sobre vários temas como a etnozoologia, a etnobotânica, a etnoecologia, a etnobiologia linguística, a etnomicologia, estudos cognitivos, a arqueofauna, a simbologia das plantas, entre outros.Os autores dos capítulos são, na maioria, investigadores e professores norte-americanos e da Europa foram convidados cinco autores, nomeadamente Luís Mendonça de Carvalho, de Portugal.

O diretor do Museu Botânico, do Instituto Politécnico de Beja, escreveu o capítulo «The Symbolic Uses of Plants» que “disserta sobre o uso simbólico das plantas em diferentes contextos históricos e culturais”. Nele encontram-se “exemplos de criações culturais que atribuíram às plantas conceitos que explicam a evolução da mente humana e de como esta atribui continuamente novas dimensões aos recursos biológicos”, descreve ao Ciência Hoje.A ideia para este trabalho surgiu da necessidade de criar uma obra de referência sobre esta área científica que permita apresentar as metodologias e as atividades científicas desenvolvidas pelos investigadores que trabalham nos diversos campos da etnobiologia.“Esta necessidade é muito premente nas universidades anglo-saxônicas onde existe um crescente interesse pela etnobiologia”, afirma Luís Mendonça de Carvalho.Para o autor português “é de uma importância superior o registo e a conservação do conhecimento tradicional relativamente aos recursos biológicos, que poderá ser utilizado na recuperação de agroecossitemas, em estudos antropológicos, ecológicos, botânicos, linguísticos, etc.”.Os resultados deste livro “têm uma aplicação muito diversa, incluindo promover a conservação da etnobiodiversidade”, sublinha o investigador.



FONTE: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51018&op=all

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