9 de abril de 2013

As comunidades tradicionais e a criminalização pelo uso de recursos naturais: conflito atual

A necessidade de controle ambiental da exploração dos recursos naturais advém da multiplicidade de impactos ambientais que a atividade, quando exercida de forma indiscriminada, pode ocasionar ao meio ambiente. Tal é o caso do manejo em ecossistemas terrestres - a exploração da madeira, da lenha, dos subprodutos florestais e a silvicultura (povoamentos florestais) - cujos impactos ambientais afetam os ecossistemas comprometendo a existência de formações vegetais nativas, espécies vegetais e animais endêmicas, fauna migratória, espécies raras e ameaçadas de extinção, etc.

Mas nesses ultimos dias tenho me perguntado o porque da criminalização sobre o uso de recursos naturais por comunidades tradicionais. Vi muitos relatos de membros de comunidades presos, agredidos físico e moralmente por caçar um macaco na floresta ou por pescar um peixe na época do defeso. Sendo essa uma prática centenária e tradicional. A questão é: a caça de um macaco para suprir a alimentação de uma família pode causar danos tão irreversíveis? e se eles não podem caçar, tão pouco podem fazer uma orta em determinadas áreas de preservação ambiental então o que vai ser dessas comunidades? ..é meus caros, será o fim, pois a saída é a migração para as cidades, a exploração através de mão de obra barata, o amontoado de gente em áreas marginalizadas.

Não sou a favor da caça de espécies silvestres, o que gostaria que acontecesse era que as comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas tivessem um respaldo maior diante do Estado. Agregar valor as tradições é um dos caminhos para a valoração desses povos e um potencial que as UC's têm.

Fica a dica para uma reflexão diante dessa criminalização e da gestão de Unidades de Conservação de nosso país. 


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