29 de outubro de 2011

Novas Regras para Licenciamento Ambiental no Brasil.


Brasília - O governo federal publicou no último dia 28 novas regras para o processo de licenciamento ambiental para as áreas de petróleo e gás, rodovias, portos e linhas de transmissão. Entre as mudanças estão o tratamento diferenciado aos projetos de acordo com o potencial de impacto ambiental e critérios mais claros para a definição de obras de alto e baixo impacto no meio ambiente. 


Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, as medidas foram tomadas para garantir maior segurança jurídica na análise dos processos e atender ao dinamismo do crescimento brasileiro. “Estamos trazendo o Ibama para a celeridade necessária sem perder a qualidade nos estudos e licenças”. 

As rodovias federais que não têm licença ambiental porque foram implementadas antes da atual legislação ambiental deverão ser regularizadas em um prazo de até 20 anos. O cronograma dará prioridade às estradas de maior tráfego ou as que oferecem mais riscos de acidentes. As obras feitas dentro da faixa de domínio de rodovias que já possuem licença de operação não vão precisar de um novo licenciamento, apenas comunicação ao Ibama. 

Em relação à área de petróleo e gás as novas regras, que valem para a exploração em alto-mar (offshore), preveem procedimentos e licenciamentos diferenciados por causa da sensibilidade ambiental (medida pela distância da costa), profundidade e riqueza ambiental. Também vai permitir o licenciamento por polígono, quando ocorrem diversas perfurações em um mesmo local, e o aproveitamento de estudos já feitos sobre as mesmas áreas em licenciamentos futuros. 

A regularização dos portos vai permitir o licenciamento de intervenções de rotina, como dragagens de manutenção e aprofundamento de canais. Hoje 35 portos da Companhia Docas federais operam sem licença. Os portos terão 120 dias para aderir ao programa de regularização e 720 dias para concluir os estudos necessários. O Ibama terá mais 120 dias para a análise dos processos de licenciamento. No caso das linhas de transmissão, o licenciamento será definido segundo o grau de impacto na região em que serão implantadas. 

Outra mudança estabelecida pelas portarias publicadas hoje está o prazo de 90 dias para que órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Fundação Palmares e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) se manifestem sobre estudos de impacto ambiental de obras em licenciamento do Ibama. Atualmente, não há prazo definido para que esses órgãos se manifestem. 

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as mudanças não significam uma flexibilização do licenciamento ambiental, mas sim a unificação das regras. "O que fizemos foi definir novos prazos e ritos para as instituições federais envolvidas no processo de licenciamento ambiental. Com isso estamos dando regras claras, novos prazos, regularizando empreendimentos que não têm licenças ambientais”. 

Ela também ressaltou que os estudos ambientais que forem apresentados de maneira insuficiente poderão ser complementados apenas uma vez e, se o órgão ambiental julgá-los insuficientes poderá rejeitar os estudos. “Isso vai fazer com que haja mais celeridade com aqueles empreendimentos que estão em licenciamento ambiental e que cumprem as regras”. 

Segundo o Ibama, as demandas por licenças cresceram cerca de 700% nos últimos dez anos e atualmente há 1.829 processos esperando o licenciamento ambiental. Em 2011 foram emitidas 414 licenças ambientais.



FONTE:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-28/governo-modifica-regras-de-licenciamento-ambiental Sabrina Craide Repórter da Agência Brasil

24 de outubro de 2011

10 espécies cuja população diminui porque a nossa aumenta

Um levantamento feito pelas Nações Unidas garante: antes do final desse ano, a população de seres humanos no planeta deve atingir a marca de 7 bilhões. Enquanto esse número ainda segue crescente, há certos habitantes do planeta fazendo o caminho contrário: a população de animais está decrescendo a níveis alarmantes. 
O século XXI apresenta um novo panorama relacionado à extinção. Se os índices atuais forem mantidos, os cientistas calculam que 75% das espécies de hoje devem ser totalmente erradicadas do planeta nos próximos 300 a 2.000 anos. Conheça dez exemplos em que a diminuição populacional, e não o aumento, deve ameaçar a existência em um futuro perigosamente próximo. 

10 – FURÃO DE PÉS NEGROS 

Um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde vive esse pequeno mamífero norte-americano também mostra uma triste figura. As “manchas” de habitat do furão de pés negros (Mustela nigripes) praticamente sumiram. A trágica história desse mamífero começou nos anos 90, quando agricultores dos EUA se envolveram em um esforço nacional para combater o “cão de pradaria”, roedor que estraga plantações. 
Isso foi um golpe duro à população de furões, que têm uma dieta 90% composta de cães de pradaria, e cujo habitat (campos de mata rasteira) foi reduzido a apenas 2% da área original. Em 1986, um levantamento americano apontou um número desesperador: havia apenas 18 furões espalhados pelo país inteiro. Desde então, um programa ambiental elevou essa população acima de mil, mas a espécie segue ameaçada. 

9 – PEIXE-GATO-GIGANTE 

O Rio Mekong, décimo mais volumoso do mundo, nasce em campos da província chinesa do Tibet e cruza seis países do sudeste asiático por 1.535 quilômetros. Em suas águas, está escondido um drama: a quase extinção do Pangasianodon gigas, nome científico para um peixe que chega a atingir três metros de comprimento e mais de 270 quilos. 
Na última década, 90% da população original do peixe-gato-gigante simplesmente sumiram do mapa, de modo que restaram cerca de 300 indivíduos no planeta. A própria distribuição do peixe pelo rio dá uma noção do problema: antigamente, eles apareciam por toda a extensão do rio asiático. Agora, ocupam menos da metade desse espaço. 

8 – VAQUITA 

Você já falar da vaquita? Não se trata de um mamífero terrestre, como talvez você tenha imaginado, mas de uma espécie de boto. Notória pelo pequeno espaço no mundo que habita (apenas alguns quilômetros quadrados no Golfo da Califórnia, no México), a Phocoena sinusis é um dos animais aquáticos mais ameaçados do mundo. 
Tal como várias espécies marinhas, a maior ameaça à vaquita eram as redes de pesca predatória, até recentemente. Em 2000, um levantamento do governo mexicano constatou que as redes de pesca matavam de 39 a 84 indivíduos da já reduzida espécie a cada ano. Diante do índice, o governo reduziu o número de redes em 80%, o que amenizou a situação. Mesmo assim, a poluição do mar segue como fator predominante para manter as vaquitas sob ameaça. 

7 – LIBÉLULA ESMERALDA 

Certos animais sob risco de extinção comovem a opinião pública, mas os insetos raramente se encaixam neste perfil. O panorama para eles, no entanto, é igualmente crítico: algumas espécies devem desaparecer da face da Terra em breve. Um inseto americano, a libélula esmeralda (Somatochlora hineana), apresenta um dos piores índices. 
No caso de insetos, em geral, o que contribui para a destruição é a erradicação de ambientes úmidos próprios para o desenvolvimento das espécies. Quando há diminuição da área, a redução populacional é uma consequência direta. 

6 – SALAMANDRA OZARK 

Se você observar uma foto desse animal, já pode imaginar que é uma espécie exótica. A salamandra Ozark (Cryptobranchus alleganensis), que habita a América do Norte, apareceu apenas recentemente na lista de espécies em extinção. Há menos de 600 indivíduos atualmente, já que a população foi reduzida em 75% nas últimas décadas. 
As principais ameaças à salamandra Ozark, que habita rios de alguns estados dos EUA, são não apenas a redução do ambiente em si, mas da qualidade dele. No caso, o fator mais prejudicial é a poluição da água. 

5 – GAVIAL 

O nome científico, Gavialis gangeticus, já dá uma ideia de onde este animal semelhante ao crocodilo habita: entre outros lugares, as águas do Rio Ganges, na Índia. Atualmente, no entanto, os cientistas poderiam trocar o nome científico do gavial, porque ele foi erradicado da Índia e de outros quatro países. Restam apenas cerca de 1.500 indivíduos da espécie. 
A situação já era preocupante nos anos 90, quando a outrora grande população do gavial já estava abaixo dos dez mil. 98% dos lugares onde ele vivia não são mais aptos para sua sobrevivência. 

4 – GIBÃO DE CRISTA NEGRA DE HAINAN 

Vamos pelo princípio: você já viu um gibão? É um primata semelhante ao macaco. Há várias espécies, mas uma delas, em especial, está sob grave risco. É o Nomascus hainanus, que habita apenas a ilha de Hainan, na China. 
Como estão restritos à ilha, é fácil fazer um levantamento populacional. E o número foi alarmante: antes de 1960, havia mais de 2.000 desses primatas, e hoje não há mais de treze indivíduos pela ilha inteira. No caso deles, a indústria primária foi o problema: com produção de borracha nas áreas rasteiras, os gibãos tiveram que migrar para o alto das árvores, onde a oferta de alimentos é menor. 

3 – ‘AKIKIKI 

A pequena ilha de Kaua’i, no Havaí, guarda um problema relacionado a uma classe animal ainda não tratada nesta lista: as aves. O pequeno pássaro ‘Akikiki habita exclusivamente a ilha, onde há menos de 1.500 indivíduos atualmente. 
O problema das aves no Havaí é crítico: das 71 espécies catalogadas na região em 1778, 26 já deixaram de existir completamente, e outras 32 estão em situação semelhante à do ‘Akikiki. O modo como as espécies sumiram também é inusitado: alguns pássaros morreram em massa por contaminação de doenças passadas por insetos. 

2 – DYSPIS BREVICAULLIS 

Se você acompanha o problema de extinção não apenas nos animais, mas também em plantas, há também algo importante a se destacar. Uma espécie vegetal curiosa, que é uma pequena árvore cujas folhas parecem nascer do chão, tem sua população sensivelmente reduzida. Atualmente, é encontrada em apenas três pequenas regiões da ilha de Madagascar. A agricultura, nesse caso, é um fator que tem dizimado a espécie, não apenas pela redução de áreas nativas, mas por certos produtos químicos usados no solo. 

1 – CORAL CHIFRE-DE-ALCE 

Voltamos aos animais, mas essa espécie também não está entre as mais lembradas. Os recifes de Coral do Caribe, de forma geral, são “sustentados” pela espécie chifre-de-alce (Acropora Palmata), que sempre marcou presença constante na região. Com o nome dado em alusão aos seu formato, essa espécie era abundante até a década de 80. Desde então, a população foi reduzida em trágicos 95%, especialmente devido à uma doença altamente contagiosa no ambiente. 



FONTE: http://hypescience.com/10-especies-cuja-populacao-diminui-porque-a-nossa-aumenta/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 

21 de outubro de 2011

Um quê de arrogância

Faz sentido separar os humanos de todo o resto da diversidade biológica? O livro ‘O terceiro chimpanzé’, resenhado na CH de junho, busca desfazer a ruptura discreta e arbitrária que isola a humanidade de todos os outros seres vivos.

Por que não nos chamamos de Pan sapiens? Faz sentido promover uma dicotomia entre humanos e o resto da diversidade biológica? Ou isso é apenas arrogância e egocentrismo nosso?

O título do livro enaltece a pequena grandeza das diferenças, comparando genomas do ser humano, o chamado terceiro chimpanzé, com o chimpanzé comum da África tropical e o chimpanzé pigmeu do Zaire.
De leitura fluente, o livro é repleto de passagens interessantes que, juntas, montam umdelicioso convite à reflexão.


O terceiro chimpanzé
                                                                                                 Jared Diamond
                                                                           Rio de Janeiro, Record, 448 p., R$ 59,90


FONTE: Ciência Hoje.

13 de outubro de 2011

Curso de Avaliação de Impacto Ambiental




PÚBLICO-ALVO: graduados universitários interessados em uma capacitação, especialização ou aperfeiçoamento em metodologia e prática da Avaliação de Impacto Ambiental a nível internacional, com um enfoque interdisciplinar.

OBJETIVOS: espera-se que, com a finalização do curso, os participantes estejam em condições de elaborar profissionalmente um estudo de Avaliação de Impacto Ambiental.

EQUIPE DOCENTE: BENGOA Guillermo (Universidades Nac. Mar del Plata e  Centro); ECHECHURI Héctor (Universidades Nac.  Mar del Plata e  Nordeste);  FAZIO Horacio (Universidad de Bs. As.); FERRARO Rosana (Universidades Nac. Mar del Plata e  Centro); GAGGERO Elba (Universidad de Bs. As.); GOMEZ OREA Domingo (Universidad Politécnica de Madrid); GONZÁLEZ ARZAC Felipe (Universidad  Bs. As.); VALLS Claudia (Universidad Bs. As.).

PROGRAMA SINTÉTICO: O impacto ambiental como problema interdisciplinar. Ambiente, Avaliação de Impacto Ambiental [EIA] e Gestão Ambiental. O procedimento da EIA na legislação. O projeto e seus efeitos ambientais. A interação projeto-ambiente. Descrição do meio em uma EIA. Metodologia para a identificação e avaliação de impactos. Conceito e atributos do impacto ambiental. Passivos ambientais. Correção e mitigação de impactos. O Plano de Gestão Ambiental (PGA). Participação cidadã e EIA. Formalização do procedimento de EIA. Os grandes problemas urbanos. Resumo metodológico. Casos de EIA: México, Argentina, Espanha, Uruguai y Peru.

METODOLOGIA: O curso será ministrado pela Internet, via campus virtual ou somente por correio eletrônico para os participantes que assim o prefiram.

CERTIFICAÇÃO: Para obter o Certificado de aprovação os participantes deverão apresentar para sua avaliação os resumos de aula e solucionar um caso prático de Avaliação de Impacto Ambiental, com base nos dados que oportunamente lhes serão proporcionados.

CARGA HORARIA: 100 hs

COSTO: Argentina: $1.700; Brasil: 800 Reales; Otros Países: U$D500 ó EUR370

PROGRAMA ANALÍTICO E MAIORES INFORMAÇÕES: www.programa-ambiente.com.ar

PRE-INSCRIÇÃO E CONSULTAS: correo@programa-ambiente.com.ar

CUPO LIMITADO

9 de outubro de 2011

Saiu o primeiro manual universitário de etnobiologia!

Acaba de ser colocado no mercado internacional o primeiro manual sobre etnobiologia destinado aos estudantes do ensino superior. A obra apresenta o ‘estado de arte’ desta área científica que estuda o resultado da interacção entre as sociedades humanas tradicionais e os seus recursos biológicos.

O livro é composto por 22 capítulos que dissertam sobre vários temas como a etnozoologia, a etnobotânica, a etnoecologia, a etnobiologia linguística, a etnomicologia, estudos cognitivos, a arqueofauna, a simbologia das plantas, entre outros.Os autores dos capítulos são, na maioria, investigadores e professores norte-americanos e da Europa foram convidados cinco autores, nomeadamente Luís Mendonça de Carvalho, de Portugal.

O diretor do Museu Botânico, do Instituto Politécnico de Beja, escreveu o capítulo «The Symbolic Uses of Plants» que “disserta sobre o uso simbólico das plantas em diferentes contextos históricos e culturais”. Nele encontram-se “exemplos de criações culturais que atribuíram às plantas conceitos que explicam a evolução da mente humana e de como esta atribui continuamente novas dimensões aos recursos biológicos”, descreve ao Ciência Hoje.A ideia para este trabalho surgiu da necessidade de criar uma obra de referência sobre esta área científica que permita apresentar as metodologias e as atividades científicas desenvolvidas pelos investigadores que trabalham nos diversos campos da etnobiologia.“Esta necessidade é muito premente nas universidades anglo-saxônicas onde existe um crescente interesse pela etnobiologia”, afirma Luís Mendonça de Carvalho.Para o autor português “é de uma importância superior o registo e a conservação do conhecimento tradicional relativamente aos recursos biológicos, que poderá ser utilizado na recuperação de agroecossitemas, em estudos antropológicos, ecológicos, botânicos, linguísticos, etc.”.Os resultados deste livro “têm uma aplicação muito diversa, incluindo promover a conservação da etnobiodiversidade”, sublinha o investigador.



FONTE: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51018&op=all

FISILOGIA ANIMAIS SELVAGENS


8 de outubro de 2011

Lei para proteger florestas não é exclusividade brasileira, mostra estudo


Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em meio ao acirramento do debate sobre mudanças no Código Florestal, desta vez no Senado, ambientalistas se mobilizam para derrubar um dos argumentos mais usados pelos ruralistas para justificar as flexibilizações na lei: o de que a proteção de florestas é uma anomalia brasileira e que outros países já não estão empenhados na conservação da cobertura vegetal.
Pesquisadores do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do ProForest, ligado à Universidade de Oxford, selecionaram 11 países para mostrar que a legislação florestal também é exigente em outras nações e que os proprietários de terras com floresta estão sujeitos a regras rígidas de conservação.
“Boa parte dos mantras ruralistas se mostrou completa falácia. Faltava desmistificar a ideia de que o Código Florestal é uma jabuticaba, que só existe no Brasil”, comparou o diretor da Campanha Amazônia, do Greenpeace, Paulo Adário, em referência a um comentário da senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Ela disse que a legislação florestal criteriosa é uma exclusividade brasileira, como a frutinha nativa da Mata Atlântica.
O estudo traz informações sobre o percentual de cobertura florestal na Alemanha, China, nos Estados Unidos, na França, Holanda, Índia, Indonésia, no Japão, na Polônia, no Reino Unido e na Suécia.
Com exceção da Indonésia, onde até o ano passado as florestas públicas eram designadas como áreas de conversão para a agricultura, todos os países da lista registram manutenção ou aumento da cobertura vegetal entre 1950 e 2010, o que significa que houve esforços e investimentos para frear as derrubadas e recompor as áreas desmatadas.
“A perda de floresta é uma exceção. A regra hoje é manter e recuperar a cobertura vegetal”, avaliou o pesquisador sênior do Imazon, Adalberto Veríssimo, um dos coordenadores do estudo.
Na França, por exemplo, as florestas cobriam 21% do território do país em 1950 e em 2010 o percentual alcançou 29%. A conversão de qualquer área de mais de 4 hectares de floresta no país requer permissão do governo e só é concedida por razões ambientais.
Os pesquisadores também apontam casos em que o custo político ou econômico de manter a floresta é muito alto, como no Japão, em que a população vive quase confinada em pequenos territórios, mas não há expansão de cidades sobre áreas florestais. O país tem atualmente 69% de cobertura vegetal, e a lei japonesa não permite conversão da floresta, exceto em circunstâncias excepcionais.
Segundo Veríssimo, a trajetória do desmatamento nos países avaliados segue um padrão: as florestas são derrubadas até um ponto de estabilização da cobertura vegetal e, em seguida, começa um processo de recuperação, à medida que eles se desenvolvem. Para o pesquisador, o atual estágio de cobertura vegetal do Brasil, que tem 56% do território com florestas – nativas ou plantadas –  , já pode ser considerado o “fundo do poço”, o ponto que determina  a  mudança de trajetória rumo à recuperação.
“O Brasil está indo ladeira abaixo. E a atual discussão do Código Florestal caminha no sentido de permitir que o país continue nesse sentido. Se o ritmo for mantido, vamos chegar em 2020 com menos de 50% de florestas”, calculou.
Para os autores do estudo, a flexibilização do Código Florestal, como quer parte do setor agrícola representado pela bancada ruralista, poderá colocar o Brasil na contramão da tendência de retomada das florestas e pôr em risco compromissos internacionais assumidos pelo país, como a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 38,9% até 2020. “O Brasil não fechará essa conta se não decidir o que quer fazer com as florestas. E manutenção de floresta é sempre uma opção política”, ponderou Veríssimo.
O declínio na proteção de áreas de Preservação Permanente (APPs) e a redução dos percentuais de reserva legal, como defendem os ruralistas, também acarretariam prejuízos econômicos, segundo Adário, do Greenpeace. “A aprovação de um código permissivo pode prejudicar o Brasil no mercado internacional. O mundo de hoje não é o mundo pré-industrial. As decisões têm implicações globais. A proteção das florestas é também uma proteção de mercado”, comparou.



FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-07/lei-para-proteger-florestas-nao-e-exclusividade-brasileira-mostra-estudo
FONTE: 

Mini cursos XIV COLACMAR


5 de outubro de 2011

“Dizem que mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda…”

Quando cantou isso, Erasmo Carlos não sabia que estava tão certo. 

De acordo com um novo estudo, o sexo feminino é geneticamente programado para resistir melhor a infecções, ao câncer e também possui um sistema de reserva para combater doenças. 

A descoberta lança luz sobre por que os membros do chamado sexo “mais forte” sucumbem a uma gripinha. 

Os seus sistemas de imunidade não são páreos para os de suas esposas e namoradas, por causa do cromossomo feminino X. 

A razão pela qual as mulheres são mais vigorosas parece ter a ver com microRNAs – cadeias curtas de RNA codificado no cromossomo. RNA é o primo genético do DNA e pode ter importantes efeitos biológicos. 

Os microRNAs têm o efeito de “silenciar” genes de imunidade no cromossomo X, de acordo com a nova pesquisa. 

Isso deixa os homens em desvantagem já que eles só têm um cromossomo X. As mulheres têm dois, de modo que mesmo quando os genes de imunidade são silenciados em um, o outro pode compensar. 

As estatísticas mostram que em humanos, assim como acontece com outros mamíferos, as fêmeas vivem mais do que os machos e são mais capazes de lutar contra episódios de infecção ou trauma. Os pesquisadores acreditam que é devido ao cromossomo X, que em humanos contém 10% de todos os microRNAs detectados até agora no genoma (código genético). 

Vários microRNAs localizados no cromossomo X parecem ter funções importantes na imunidade e no câncer. 

Do ponto de vista biológico, a diferença provavelmente evoluiu porque as mulheres precisam assegurar mais a sobrevivência da espécie. Elas precisam ser capazes de resistir à infecção durante a gravidez e quando nutrem uma criança. 

Mulheres frágeis? É, mentira absurda. 



Fonte(Referências): http://hypescience.com/nao-mulheres-nao-sao-o-sexo-fragil/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 
Por Patricia Herman, HypeScience

Curso de Biologia e Manejo de Serpentes


Curso de Extensão em Biologia da Conservação com Ênfase em Monitoramento de Fauna

Informações: Curso de Extensão em Biologia da Conservação com Ênfase em Monitoramento de Fauna 
Data do Curso: 08 de Outubro de 2011. Sábado de 8:30h às 17:00h. 
Descrição do Curso: Fundamentos da Biologia da Conservação, Biomas Continentais Brasileiros, Conservação de Populações e espécies, Conservação de Comunidades, Conservação e Desenvolvimento Sustentável, Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Técnicas de Monitoramento de Fauna para os grupos de Herpetofauna, ornitofauna, mastofauna e entomofauna. 
O Curso Inclui certificado e DVD com material didático, é composto de aulas teóricas com slide multimídia, apresentação de vídeos e Visita Guiada com Interpretação Ambiental na APA do Morro do Cachambi (Sulacap). Serve como Atividade Curricular Complementar (ACC). 

Área de Conhecimento: Biologia da Conservação. 
Público Alvo: Estudantes e profissionais de biologia, Engenharia ambiental, Engenharia florestal, Turismo e áreas afins. 
Carga Horária Total: 8h. 
Investimento: R$80,00 
Local: Eco-sulacap. Rua Euzébio de Almeida, 1103. Sulacap. Rio de Janeiro – RJ. 

Inscrição: Enviar nome completo, e-mail e telefone de contato especificando o curso desejado para: biologo_marcus[@]hotmail.com 
O pagamento deve ser feito por meio de depósito bancário: 
Depósito: Conta Poupança da Caixa Econômica Federal 
Agência: 4086 - Operação: 013 - Conta: 803858-0 
Em favor de Marcus Pinto Silveira. 
O depósito pode ser efetuado nas agências da Caixa ou Casas Lotéricas. 
Não serão aceitos depósitos em envelope nos caixas eletrônicos de auto-atendimento! 

Contato: 
Biólogo Marcus Pinto Silveira 
Instrutor de Treinamento em Desenvolvimento Profissional 
CNPJ: 11.654.686/0001-50 
CRBio-02 38.469/02 
Tele-fax: (021) 3350-5222 ou Celulares:             (021) 9211-8307       (TIM) ou             (21) 8618-7037       (OI). 
e-mail/MSN: biólogo_marcus[@]hotmail.com 

Blog: 
biologiasilvestre.blogspot.com biologia-conservacao.blogspot.com/